Nova fábrica de cimento ficará pronta em 2016

O investimento reservado para 2014 é de R$ 400 milhões.

A CSN almeja ter uma posição de maior destaque no mercado brasileiro de cimento. A empresa quer ir além dos atuais 3% de participação no comércio do produto. O próximo passo, a partir deste ano, é acelerar as obras da nova fábrica, que fica em Arcos (MG). 

Essa unidade foi desenhada para gerar, no mínimo, 3 milhões de toneladas anuais de cimento, afirma Luiz Fernando Martinez, diretor-executivo da CSN, em entrevista ao Valor. O projeto está previsto para entrar em operação até o fim de 2016. 

A entrada da CSN nesse setor ocorreu há cinco anos, com a inauguração de uma unidade de produção em Volta Redonda (RJ), ao lado de sua siderúrgica de aços planos. A empresa passou a aproveitar escória (resíduo da fabricação de aço gerado nos altos-fornos), que é insumo na produção de alguns tipos de cimento. 

A atual fábrica tem capacidade anual de 2,4 milhões de toneladas e, neste ano, informa Martinez, está operando ao nível de 2,2 milhões de toneladas. O mercado nacional, em 2013, movimentou 71 milhões de toneladas. 

A partir de Volta Redonda, a CSN atua principalmente nos mercados do Rio de Janeiro (sul-fluminense), Vale do Paraíba (SP) e alguma coisa na região de Juiz de Fora (MG). Enfrenta competição, principalmente, de Votorantim, InterCement / Cimpor, Holcim, Lafarge e Cimento Tupi. 

"Com uma logística integrada de Ferrovia, centros de distribuição e a nova fábrica em Minas vamos ampliar nosso raio de ação", diz o diretor. A meta é passar a atender plenamente os Estados de Minas e São Paulo, além do Rio de Janeiro. 

A fábrica de Arcos será integrada. Por dispor a CSN de mina própria de calcário, ganhará um forno de clínquer, matéria-prima do cimento, o que permitirá produzir o tipo CP-3, com menos escória. O plano da empresa é começar as operações em Arcos em 2015, com uma instalação de moagem. Vai utilizar escória de Volta Redonda. 


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A unidade de negócio cimento da CSN, após as expansões, deverá obter faturamento superior a R$ 1 bilhão ao ano. Até lá, a empresa, segundo Martinez, vai avaliar novas oportunidades de negócios, inclusive no segmento de concreto.