Região Médio Paraíba terá R$ 15 bi em investimentos

O Médio Paraíba tem seu ritmo de crescimento garantido pelo polo automotivo, que deverá se consolidar como o segundo maior do país até o fim da década

Sul Fluminense

Com cerca de R$ 15 bilhões de investimentos, o Médio Paraíba também tem seu ritmo de crescimento garantido pelo polo automotivo, que deverá se consolidar como o segundo maior do país até o fim da década. O complexo já responde por 18 mil empregos diretos, considerando as montadoras MAN e PSA, que estão em expansão, e a recém-inaugurada Nissan, que trouxe, a reboque de sua fábrica, fornecedores para se instalar na mesma área, gerando mais dois mil empregos diretos.

Além da Nissan, a Jaguar Land Rover vai investir R$ 750 milhões em uma fábrica em Itatiaia. A companhia, que estima entrar em operação em 2016, criará 400 novas vagas, que devem se somar às 600 abertas com a inauguração da Hyundai Heavy Industries na mesma cidade. Considerando as perspectivas de ampliação da capacidade da Nissan e da Hyundai, já previstas para acontecerem até 2020, outras 3,5 mil vagas devem ser geradas no período.

Já a Região Norte Fluminense tem a maior parte de seus R$ 21 bilhões de investimentos sendo realizados no Complexo Logístico Portuário do Açu, que teve suas operações iniciadas em 2014 por meio de duas companhias ligadas ao setor de petróleo, a americana NOV e a francesa Technip. Até o fim de 2014, devem entram em operação as unidades da BP, Vallourec, Intermoor, Wartsila e o minerioduto da Anglo American. A atividade de exportação do minério de ferro também deverá atrair para o complexo pelo menos duas pelotizadoras que estão sendo negociadas, com investimentos na casa dos R$ 2 bilhões cada uma delas.

- O início das operações no Porto do Açu é apenas a largada de um grande empreendimento que oferece inúmeras oportunidades de desenvolvimento econômico à Região Norte - afirmou Julio Bueno.

No estado do Rio de Janeiro

Em constante crescimento econômico, o Rio de Janeiro conta atualmente com cerca de R$ 120 bilhões de investimentos públicos e privados em andamento e outros R$ 40 bilhões sendo negociados e prestes a serem iniciados. O levantamento é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Considerando os cerca de 40 empreendimentos em fase de implantação, serão gerados cerca de 110 mil empregos diretos.


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O volume de recursos é uma estimativa conservadora, já que não considera, por exemplo, empreendimentos inaugurados até o fim de 2013 e também não inclui os recursos que serão alocados por companhias petroleiras na costa fluminense. Somente a Petrobras prevê investir R$ 120 bilhões no estado até 2020.

De acordo com o levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a capital concentra R$ 42 bilhões de recursos, sendo R$ 18,5 bilhões apenas na área de Mobilidade Urbana. A criação da Linha 4 do Metrô, a construção do sistema BRT e as melhorias implementadas pela SuperVia foram os principais responsáveis pelos investimentos no setor.

Os demais municípios da Região Metropolitana estão recebendo R$ 32 bilhões, em uma diversidade que abrange sete áreas. Com R$ 1,8 bilhão investidos em sua construção, o Arco Metropolitano é a principal alavanca na região, responsável por atrair recursos em torno de R$ 60 bilhões. O principal deles é a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, estimado em R$ 20 bilhões na primeira fase e R$ 10 bilhões em uma segunda etapa, ainda em negociação.

Projeção de mais crescimento

À parte do levantamento feito pela secretaria, a Firjan (Federação das Indústrias do Rio), em seu mais recente estudo Decisão Rio, lançado em março deste ano, prevê que o estado receberá R$ 235 bilhões entre 2014 e 2016. A pesquisa destaca ainda que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos somam R$ 22,6 bilhões.

Os investimentos em Infraestrutura e Indústria da Transformação configuram-se como os mais expressivos, podendo chegar a R$ 70 bilhões. Também merecem destaque a Construção Naval (R$ 12 bilhões) e o setor Automotivo (R$ 4 bilhões).
- O estudo fundamenta a revolução econômica que vem acontecendo no Estado do Rio desde 2007 e que tende a continuar pelo menos nos próximos 20 anos - disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno.