Anfavea: Dilma determina análise de alta de custos do setor automotivo

No encontro, também foi debatida a busca de um acordo para destravar as transações com a Argentina.

A presidente Dilma Rousseff determinou aos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento que façam uma análise com representantes do setor automotivo na próxima semana sobre o aumento dos custos para o setor, disse nesta quinta-feira o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.

O executivo, acompanhado de 29 associados da entidade, esteve reunido com Dilma no Palácio do Planalto na manhã de hoje a convite de Dilma. O ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli, acompanharam o encontro.

“Nós citamos durante a reunião o aumento do custo de insumos, logística, aço para motor, custo de transporte para motor. Ela [Dilma] ficou bastante preocupada e determinou que os dois ministros fizessem conosco, na próxima semana, uma análise disso”, disse Moan ao Valor, ao deixar o Palácio do Planalto. “Quando se fala de custos, é custo de energia elétrica, aço, transporte, logística”, disse.

No encontro, também foi debatida a busca de um acordo para destravar as transações com a Argentina. Dilma pediu ainda que o tema seja debatido entre o setor, o Desenvolvimento e a Fazenda. “São dois debates”, afirmou Moan.

Conforme informou o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, o encontro desta quinta-feira acontece em um momento de retração nas vendas internas e forte recuo nas exportações para a Argentina, fatores que têm provocado cortes na produção das montadoras.

IPI

Os emplacamentos de veículos no Brasil, incluindo caminhões e ônibus, já acumulam queda de 3% neste ano, refletindo, de certa forma, a retirada de parte dos descontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Segundo Moan, não foi tratada durante o encontro a extensão do IPI menor para o setor.

“No momento certo, temos que tratar do IPI, não é o momento agora, é para julho. Vamos sempre reclamar de um aumento do imposto, mas não é o momento certo agora”, disse ao Valor.


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