Retificação

Visa a eliminação das irregularidades, das fissuras, dos poros e dos corpos estranhos e dos óxidos, satisfazendo as condições exigidas para posterior lustração.

Processo: satisfaz as condições acima através da remoção de material, utilizando rebolo em forma de disco. O rebolo remove material da peça por abrasão . a retificação pode ser executada em duas etapas, retificação de desbaste e retificação de acabamento, dependendo do estado da superfície a tratar.

Agentes: Os agentes da retificação são materiais abrasivos combinados com aglomerantes. O tamanho dos grãos abrasivos é definido através de peneiras normalizadas (DIN 1771).
Para metais duros, geralmente retificados a seco, utiliza-se o coríndon natural ou artificial, carbonetos duros ou pedra-pomes, com aglomerante cerâmico ou mineral (p.ex., argila, silicatos, quartzo), ou de resina sintética ou de borracha.

Características: a seleção do tipo de rebolo, grão abrasivo e material aglomerante depende do material a retificar. Rebolos mais elásticos, como os de cortiça, de feltro, de papelão ou de madeira, ou com tiras de couro ou feltro, portadores de grãos abrasivos são usados para manter baixa a remoção do metal da peça.
A velocidade de rotação tem influência sobre o desempenho do rebolo e sobre o acabamento superficial. Rotações excessivas pode provocar empastamento (por calor do atrito) e fissuras. As velocidades máximas são estabelecidas por norma (DIN 69 103).

Cuidados especiais: Metais pesados e leves não devem ser retificados ou polidos com o mesmo rebolo. As velocidades máximas devem ser obedecidas para se alcançar um bom resultado.

Outras variantes: também é usada a retificação com fitas, especialmente para locais de difícil acesso. A fita é elástica e não deixa riscos na superfície. Pode-se usar velocidades mais altas sem riscos de acidentes. O acionamento é feito por polia. Para os diferentes metais existem também velocidades e tipos de abrasivos recomendados

 

Polimento Mecânico

É a lustração dos metais que pode ser feita antes e/ou após a aplicação de revestimentos. Pode ser feita manualmente com o uso de discos, em politrizes automáticas ou pelo processo eletrolítico

Polimento com discos

Processo: é idêntico à operação de retificação com rebolo. Utiliza os mesmos tipos de máquinas.

Agente: é um tipo de pasta aplicado sobre o disco girante. O disco é feito de couro, feltro ou pano.

Características: as rotações são mais altas do que na retificação. Pode-se polir chapas, tiras e corpos de revolução de forma complexa, em politrizes automáticas equipadas com gabaritos.

Polimento em Tambores

Processo:é similar ao tamboreamento, usando-se esferas de aço para o polimento.

Agentes: as esferas de polimento (ou pequenos cilindros) são usadas em combinação com um fluido de polimento, adequado ao estado da superfície, dureza e natureza do material. O fluido de polimento pode ter base alcalina ou cianídrica. Eventualmente é suficiente uma solução de sabão. Pode-se também usar o polimento a seco, com retalhos de couro ou serragem.

Características: O processo pode ser úmido ou a seco conforme visto acima.

Cuidados Especiais: Em ambos os casos as esferas usadas no tambor devem ser lavadas, secas e protegidas contra a ferrugem quando em repouso. Este procedimento evita a formação de incrustações duras

 

Polimento Eletrolítico – Rebarbamento e Lustração

A condição para a aplicação deste processo é que a superfície da peça deve ser lisa.

Processo: as peças a polir são ligadas ao anodo e imersas num eletrólito adaptado ao material. Os pontos salientes entram em solução, devido à maior densidade de corrente nestes pontos, enquanto as cavidades se mantém passivas. A remoção do material é portanto um processo eletro-químico.

Agentes: corrente elétrica e substância do banho

Características: os banhos trabalham com agitação do eletrólito e aumento de temperatura. Os vapores gerados devem ser aspirados. A densidade de corrente, a temperatura e a composição do banho devem ser rigorosamente controladas. O tempo de exposição é de apenas alguns minutos. O metal base permanece isento de tensões favorecendo a aderência de revestimentos galvânicos.

Indicações: é indicado para metais pesados e leves, ferro fundido e peças fundidas sob pressão. O processo já é empregado para a lustração do alumínio antes da anodização.
As peças devem estar isentas de carepa e óxidos.

Cuidados Especiais: peças muito perfiladas requerem precauções especiais por causa da densidade heterogênea da corrente.

Variantes: Existem processos químicos de polimento sem uso de corrente elétrica. O método não é tão eficiente quanto o eletrolítico. Pode-se também empregar instalações automáticas combinadas de polimento e galvanização. Se simultaneamente for usado o ultrassom, os tempos de tratamento podem ser reduzidos.